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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Oficina com mandioca na panificação traz ao Amapá maior pesquisador da raiz




O objetivo da oficina gastronômica é oferecer ideias inovadoras aos empresários da panificação no Amapá e consequentemente, produtos diferenciados ao cliente que constantemente busca novidades
Denyse Quintas
 
Em tempos em que os produtos regionais são cada vez mais valorizados e resgatados pela gastronomia amapaense, a mandioca ressurge com força na fabricação de alimentos panificáveis e o Sebrae  em parceria com a Embrapa e Casa do Sorveteiro realizam a Oficina Gastronômica Utilização da Mandioca na Panificação,  com o objetivo de diversificar e inovar o mix de produtos nas panificadoras amapaenses.

A oficina será ministrada pelo pesquisador da Embrapa, engenheiro agrônomo e maior especialista em mandiocultura no Brasil, Joselito Motta. A capacitação acontece no Centro de Treinamento da Casa do Sorveteiro, no dia 21 de outubro, às 14h, para profissionais do setor de panificação no estado.

Segundo a gestora do Projeto Panificação Profissional do Sebrae, Nelma Pires, no Amapá, a mandioca se apresenta como uma das principais culturas explorada entre todas as demais, sendo encontrada em praticamente 100% das propriedades rurais. A cultura da mandioca tem papel fundamental no processo de sustentação de vida da população rural, uma vez que estão afastadas das capitais e sem acesso às padarias, que faz com que substituam o pão pelos beijus, às conhecidas tapiocas.

“Nas grandes capitais brasileiras a tapioca é a sensação do momento, seu consumo tem aumentado por ser um produto de baixo valor calórico, além de ser uma alternativa alimentar para os portadores de celíase, doença caracterizada pela intolerância ao glúten, proteína ausente na mandioca”, disse a gestora do Projeto Panificação Profissional do Sebrae, Nelma Pires.

A programação do evento conta com palestra que apresenta a importância do uso da mandioca na alimentação, fabricação de beijus coloridos (variações da tapioca), pizzaiocas e pão com utilização da fécula da mandioca, inovações que surgiram, a partir das pesquisas e dos experimentos realizados pelo especialista no assunto, Joselito Motta.

Pesquisador

O palestrante Joselito Motta, possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal da Bahia (1969) e mestrado em Extensão Rural pela Universidade Federal de Viçosa (1981). Tem 42 anos de atividade profissional, sendo 6 em Extensão Rural e 36 em Capacitação e Transferência de Tecnologia.

Atualmente é pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa em Mandioca e Fruticultura Tropical, onde atua há mais de 30 anos, principalmente, nos temas: Transferência de Tecnologias voltadas para a produção; O Processamento e a Agregação de valor a produtos da mandioca. Participou em treinamentos no exterior nas cidades de Cali (Colômbia), San Bernardino (Paraguai) e Corrientes (Argentina) e consultoria e eventos internacionais na Jamaica, Itália (Terra Madre), Suriname e Nicarágua.

Sua atividade prioritária com mandioca é a difusão dos usos alternativos da mandioca na alimentação humana e animal (processamento e utilização de derivados da raiz e da parte aérea) com as ações: Instrutor de mais de 500 treinamentos para professores, produtores e técnicos brasileiros da África de língua portuguesa (Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique),  inglesa (Gana), francesa (Gabão), Ásia (Timor Leste) e América (Haiti e Cuba);  Apresentação técnica em cerca de 800 dias de campo para técnicos e produtores rurais sobre usos alternativos da mandioca na alimentação humana e animal; Validação da tecnologia da viabilidade técnica da mistura fécula/trigo, por meio de aproximadamente 100 palestras técnicas e seguidas de degustação de produtos da panificação em 19 estados da federação para produtores rurais, técnicos, panificadores e público em geral; Divulgação de usos da mandioca em cerca de 1500 matérias divulgadas junto aos meios de comunicação de massa especialmente rádio, revistas de circulação nacional e internacional, jornais (suplementos agrícolas) e emissoras de TV.


Serviço:
Sebrae no Amapá
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